Vem,
Criança que ainda brincas
Na memoria de sempre.
Tens o brilho livido
E as mãos serenas,
Os teus passos,
Mal os oiço,
Mas sinto-te a proximidade,
Apenas porque estás sempre
Presente.
A cada instante que te penso,
A cada minuto que olho o teu rosto,
Invisivel.
E a prece de que venhas,
Fiel e libertadora,
Move-se por meus lábios
Calados...
Eternamente cerrados.
Vem,
Procuro-te nas arvores
Que atravesso,
Espero o encontro acidental,
Que me refaça
O passado desta existencia.
Peço...
Vem,
Dama de negro,
Senhora misteriosa
De todos os Céus e Infernos,
Ceifa-me a existência,
Como a tua irmã a Vida,
Me ceifou o desejo de existir...
by Ar, 30 de Maio, 05
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