domingo, 26 de junho de 2005

Alvorada

Amanhece
Nas arvores de fronte
Pequenos passaros debicam
A imensidão do silêncio
Acompanham-me
Com trinados sentidos.
Lembro-me de ti...
Penso, se neste momento
Olhasses a lua
Estariamos os dois no mesmo quarto
Minguante.

Devolve-me a aurora
E a luz dos teus olhos.
A continuidade
De todos os ciclos da lua.
Deixa-me nascer e
Dar-te à luz
Ainda que reste,
Nestes gestos, sombra,
A infinita escuridão,
Que so a luz pode tragar.

Pouco, eu sei...
Pouco posso dar...
Por isso liberto-te
Abro as mãos -
Tuas asas de passaro...
Desfaço requebrando as promessas,
Para que sejas livre e
Passaro.
Há ainda, no entanto,
Neste amanhecer um sol
Que se erguerá...

by Ar, 26 de Junho, 05

Sem comentários: