sexta-feira, 15 de abril de 2005

Ausência

As mãos agarram a solidão por entre o cigarro.
Devolvesse o fumo de tanta raiva...
Consumisse o fogo do ódio do corpo em vão...
Acham-se os movimentos sem gestos,
A calçada recebe passos
Como a vida pessoas,
Passa-se indelével.

De nós ficará um brilho de estrela
Uma viagem de luz que começa e termina
No mesmo momento.
Fecham-se os olhos...
Encolhem-se os ombros...
Este estado pesa um universo!

Repito o movimentos dos outros
A alma cansa-se em tanto vazio
Deixaram de inventar palavras...
Nada me abraça
Só no meio da noite.
O esquecimento não me leva para longe
Aproxima-se a miséria apenas...
Ainda há gente?

Por fora de mim,
A vida liquida e quente,
O brilho verde do sol nas arvores,
As mãos que se estendem num atar de nós...
Mãos ausentes que não me tocam.
Não toco nada...

by Ar, 21 de Março, 05

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