quinta-feira, 14 de abril de 2005

Sem titulo

Quando na sombra não restar o teu nome, nem houver o silêncio rasgado da caneta sobre o papel de tortura, um arco-iris emudecerá ao alvorecer do primeiro momento...

Quando os homens se construirem de imortalidade e engrandecerem os seus corpos com a visão das estrelas que habitam as profundesas dos oceanos, onde os peixes ainda sobreviverão coalhados no sangue antigo...

Quando por baixo das casas se formarem lagos, e na sombra das arvores vier uma nuvem pousar, derramada a esperança de que um dia houve água a beber e boca que bebesse...

Talvez então o passado se recorte do presente e por entre a treva, surja um instante de luz e sonho...

by Ar, 14 de Abril, 05

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